Maria a caminho de Belém: parto virginal e perseguição romana[]
No tempo do nascimento da criança, José teve que ir a Belém para o recenseamento. José partiu com toda a sua família. Perto de Belém, em uma gruta escura e próxima ao sepulcro da matriarca de Israel, Raquel, José deixou Maria com os seus filhos e foi procurar uma parteira. Ele encontrou uma que descia da montanha. Ela o acompanhou até a gruta. Chegando lá a nuvem desapareceu e uma luz forte, que cegou os presentes, cobriu a caverna. Pouco depois a luz começou a afastar-se e apareceu um recém-nascido, que foi sugar o peito de Maria sua Mãe. Outra tradição fala de anjos na gruta de Jesus, logo após o seu nascimento. Maria não tinha nenhum sinal de sangue no corpo. O menino ficou de pé e todos o glorificaram. A parteira, maravilhada, soltou um grande grito e saiu da gruta. Salomé veio ao seu encontro e ela contou o que tinha visto. Salomé disse que só acreditaria no que ela estava dizendo se colocasse o seu dedo na natureza de Maria. Ela assim o fez e a sua mão ficou em chamas, ou, conforme outra tradição, secou. Só depois de pedir perdão e tomar o menino no colo é que sua mão voltou ao normal. Salomé soltou um grito de alegria e professou a fé em Jesus como rei de Israel. Um anjo lhe apareceu e pediu para não divulgar as maravilhas que tinha visto, antes que chegasse em Jerusalém. Depois disso, a família de José, ainda na gruta, recebeu a visita dos três reis magos. Aí eles permaneceram durante três dias. Herodes iniciou a perseguição aos inocentes. Quando Maria teve notícia que as crianças estavam sendo massacradas, encheu-se de medo. Tomou o menino, envolveu-o em faixas e o colocou em uma manjedoura de bois. Outra tradição diz que Maria, ao sair da gruta, encontrou uma manjedoura e ali colocou o menino para que se cumprisse a profecia de Isaías. E até os animais o adoraram. No momento do nascimento de Jesus, o tempo parou. Isso aconteceu no dia 20 de maio, no ano 5500 depois da criação do mundo.
- Outra tradição diz que Maria não concebeu de modo virginal, mas naturalmente do relacionamento conjugal com José.